sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma triste verdade

“The saddest aspect of life right now is that science gathers knowledge faster than society gathers wisdom.” – Asimov, I.


(AstroPT) Isto cada vez é mais verdade. O ritmo do conhecimento científico, assim como o da Astronomia, a qual é também parte da Ciência, cresce desmesuradamente de forma impressionante ao passo que a sociedade no geral demora a digerir essa informação ou tão pouco se interessa pelos assuntos conduzindo facilmente a muitas concepções erradas ou disparatadas.

Há também um outro aspecto pertinente à iliteracia científica que a meu ver é ainda mais grave que a ignorância. Não é pecado não se saber tudo, ninguém sabe, mas, há certos assuntos que é imperdoável não se ter um mínimo de noção como aconteceu recentemente com o caso relatado por Carlos Oliveira aqui: A frase sábia de Asimov mostra que é preciso fazermos um esforço por tentar compreender melhor o que nos rodeia.

Não é mais saboroso perceber porque determinadas coisas sucedem do que ignorar, não se questionar sobre tais assuntos? Por que o céu é azul? Explicado à luz do efeito de Rayleigh com ajuda do electromagnetismo. Por que as estrelas parecem cintilar? Está relacionado com o facto de o feixe de luz dessas estrelas ser deslocado do seu percurso normal com o embate dos fotões (partículas de luz) nas moléculas existentes em maior densidade na atmosfera terrestre do que no espaço vazio. Lembrar que as diversas camadas da atmosfera não estão todas à mesma temperatura e isso cria um turbilhão imenso no movimento das moléculas aí existentes e, desta forma, afectar o percurso normal na luz no meio da matéria. E assim poder-se-ia exemplificar com tantas outras questões.

Mas há que lembrar que a Ciência não tem resposta para tudo. Mas, pelo menos, tenta procurar torná-la mais correcta e corrigir erros, lacunas que certos conhecimentos atingidos poderiam conduzir a caminhos errados, a becos sem saída, como já aconteceu com os epiciclos de Ptolomeu. As autoridades são perigosas na medida em que não se questionando pode-se cair no erro de estar a fazer o contrário do que a Ciência diz: questionar sempre o conhecimento, experimentar. E diz ainda: questionar sempre o conhecimento, experimentar… sempre!

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