quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cientistas contam como se interessaram pela ciência

(Inovação Tecnológica) A edição 2010 da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que começa na segunda-feira (18), apresenta entre as novidades para este ano o projeto A Ciência que eu Faço.

Trata-se de uma série de entrevistas gravadas em vídeo, nas quais pesquisadores de vários ramos da ciência, além de divulgadores científicos, relatam os motivos de seu envolvimento com a ciência, assim como os incentivos e as dificuldades enfrentadas em sua trajetória profissional.

Como me tornei cientista
Alguns nunca tiveram dúvida na escolha da profissão, como é o caso de Mário Novello, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), do Rio de Janeiro, que sempre quis ser cosmólogo, ou Carlos Oiti Berbert, coordenador Geral das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que queria ser geólogo, desde que leu o livro O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato.

Em outros casos, como o de Luis Manuel Rebelo Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), foi a vivência da Revolução dos Cravos, em Portugal, que lhe acirrou a vontade de se aproximar das ciências políticas e estudar as relações internacionais.

Já Cláudio Mello, neurocientista do Instituto de Neurologia da Oregon Health and Science University, iniciou sua busca pelo conhecimento científico em casa, incentivado pelo pai, o neurocirurgião Paulo Mello.

Entre os cientistas a gravarem depoimento está o ministro da Ciência e Tecnologia, o físico Sergio Rezende.

Interesse pela carreira científica
Esses são alguns exemplos, entre muitos outros da série, nos quais fica evidenciado que as formas mais diversificadas e inesperadas podem motivar e despertar um jovem para uma carreira científica.

A idealizadora e coordenadora do projeto, Vera Pinheiro, ressalta que os vídeos de curta duração (em torno de sete minutos), são direcionados a professores e estudantes da educação básica. A intenção é que eles possam contribuir para a escolha profissional desses jovens.

"O trabalho mostra que a ciência não é feita por gênios. São pessoas normais que se dirigiram para a ciência porque foram incentivadas por um professor, por um amigo ou pelos próprios pais; ou, ainda, porque tiveram uma experiência ou um acontecimento marcante em sua infância ou juventude. Todos têm em comum a curiosidade, uma característica fundamental nas carreiras científicas", destaca Vera.

A Ciência que eu Faço
Os vídeos tratam principalmente de pesquisadores e pesquisas das Agências e Unidades de Pesquisa ligadas ao MCT, no intuito de apresentar "o perfil da ciência que é feita no Brasil".

A Ciência que eu Faço é uma iniciativa da Representação Regional do MCT no Sudeste, com apoio do Departamento de Difusão e Popularização de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Digital (Secis) do MCT e da Finep.

Já estão disponíveis mais de 100 depoimentos no endereço eletrônico da SNCT (http://semanact.mct.gov.br) e no YouTube.

Treze destes depoimentos integram o conjunto de vídeos de divulgação científica do projeto Ver Ciência, que são enviados para as secretarias regionais da SNCT e para instituições de ensino e pesquisa em todos os estados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário