sexta-feira, 9 de julho de 2010

O dia do disco voador já passou


(Carlos Orsi - Estadão) Divertido artigo publicado pelo New York Times no fim de semana chama atenção para um fenômeno curioso — o fato de o aniversário do Incidente de Roswell ter passado em branco.

(Para quem é novo demais para se lembrar de Arquivo X: no início de julho de 1947, “alguma coisa” caiu do céu nas proximidades da cidade americana de Roswell, Novo México; o “incidente” é um dos fatos fundadores da onda de teorias de conspiração em torno de óvnis e visitantes de outros planetas que tanto sucesso fez no fim do século passado)

O fluxo e refluxo da paixão popular pelos discos voadores é fundamentalmente um fenômeno de mídia, e o texto do NYT analisa o desinteresse atual pelo aniversário de Roswell sob esse ângulo: basicamente, argumenta o artigo, hoje em dia sempre que um relato de objetos estranhos no céu quebra a barreira da pequena roda de entusiastas, aparecem (estou citando o Times) “estraga-prazeres espertinhos com explicações perfeitamente razoáveis”.

No Brasil, uma boa fonte para esse tipo de esclarecimento é o Ceticismo Aberto.

A situação atual, onde cientistas, divulgadores da ciência e testemunhas céticas raramente se encontram a mais de uma meia dúzia de cliques de mouse de distância, é bem diferente da que existia em 1947.

Naquele ano, no que talvez tenha sido o maior erro de assessoria de imprensa de todos os tempos, a Força Aérea dos EUA emitiu um comunicado informando a descoberta de vestígios de um disco voador em Roswell — no que, ao que tudo indica, foi uma tentativa desastrada de esconder o teste de um radar de espionagem.

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